segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Confesso que me vi

Um dia, ao me defrontar com o ideal de Pascal, não tive dúvidas de que finalmente encontrara a minha aspiração: eliminar do meu coração todo interesse mundano, propondo-me a viver tão-só para Deus, e não trabalhar em outra coisa senão em agradar-Lhe. Quero que o meu propósito de ser útil não me permita fazer menos do que ajudar as pessoas e salvar vidas. Em verdade, posso ter uma posição eqüidistante frente aos problemas do mundo e não me afligir jamais, posso renunciar a tudo e mortificar o corpo com flagelos, jejuns e penitências, ou então servir à humanidade de um modo como nenhum outro jamais o faria, mas, se não tiver amor, serei apenas um imenso vazio, e não terei como conhecer a Deus, que É amor. Diante de mim está a meta, e eu, um servo inútil que nunca foi além do que lhe cabia fazer, não quero mais recalcitrar contra o aguilhão.

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